Como uma comunidade voltada a dar suporte a pessoas em transição de carreira para Produto e também que já atuam na área, vira e mexe o tema Síndrome do Impostor é pauta entre os membros do admina. Todos nós, em algum momento, deixamos de nos candidatar para uma vaga porque achamos que não éramos bons o suficiente, suamos frio quando uma responsabilidade maior foi colocada nas nossas mãos ou mesmo quando, no meio da alegria de receber um sim numa seleção, paramos e pensamos: como foi que, entre tantos candidatos, escolheram logo a mim?
Para conversar um pouquinho sobre esse tema, sugiro que você assista a esse vídeo bem curtinho.
Essa sensação de não pertencimento, de não estarmos à altura das oportunidades que conseguimos, dos espaços que ocupamos e do reconhecimento que recebemos, a gente conhece bem. Em geral, sabemos identificar quando a Síndrome do Impostor bate à nossa porta. Minha intenção aqui, então, é pensar em alguns pontos levantados pelo vídeo que podem nos apontar estratégias para lidar melhor com essa situação e evitar que ela nos limite.
Sabe aquela profissional mara de Produto que você tanto admira e segue nas redes? Ela questiona as habilidades e potencialidades dela mesma. Aquele influencer que te traz uns insights massa? Ele também. Marty Cagan? Teresa Torres? Arriscaria dizer que eles não ficam de fora.
Você não está sozinho nesse rolê, admina/admino. Em geral, parece que realmente somos muito bons em apontar nossas limitações, mas péssimos em reconhecer nossas qualidades. Todo mundo se questiona e, às vezes, temos essa percepção distorcida que isso só acontece com a gente.
Mais do que isso, nem sempre a gente conhece as dificuldades que outras pessoas enfrentaram para estar onde estão e entregar os resultados que entregam. Como diz a máxima, “quem vê close, não vê corre”. Quando bater aquele aperto de insegurança, vale, então, lembrar que ela rola com quase todo mundo.
Um outro ponto importante para lidar com a síndrome do impostor é poder compartilhar suas inseguranças e preocupações num espaço seguro. A ideia aqui seria não só poder receber feedbacks positivos como forma de reavaliar nossa visão sobre nós mesmo, mas especialmente conhecer dificuldades semelhantes pelas quais outras pessoas que respeitamos também passaram. A criação desse vínculo de identificação pode nos trazer uma nova perspectiva sobre as situações que enfrentamos.
É importante destacar que buscar ferramentas para lidar com a Síndrome do Impostor não significa admitir que não tenhamos pontos a serem aperfeiçoados. Claro que não. Mas, sim, reconhecer que ninguém nunca estará 100% pronto e que podemos seguir adiante mesmo assim.
Um passo por vez e, mesmo sabendo que o medo e a insegurança estão bem ali do nosso lado, não deixar que eles não nos impeçam de alcançar tudo que podemos e merecemos.
Um abraço e até a próxima!